Aboio. 2022.
Vídeo.
1 minuto e 30 segundos.
O trabalho de Rafael de Almeida conduz nosso olhar ao interior goiano, à cultura sertaneja enraizada nas heranças rurais, na economia fundada na pecuária e na agricultura, nas festas populares presentes na memória e na vida do povo goiano. As imagens do vídeo são refilmadas; captadas de uma tela elas adquirem aparência filtrada, com um brilho discreto de interessante efeito visual, que faz o passado ser atualizado pela transferência de uma mídia a outra, pela textura pixelizada do presente. Não há narrativa e sim rápida colagem de imagens que amarra fragmentos de dois filmes: uma peça publicitária que destaca o vigoroso touro no corredor de entrada da arena de rodeio, seguido do peão forte e viril a domá-lo; um registro amador, filmado no antigo sistema VHS, do baile realizado no Rancho das Cavalhadas, em Pirenópolis, durante a Festa do Divino de 1988. Ambas as imagens tratam de um Goiás profundo, que celebra ao mesmo tempo o sagrado e o profano enquanto o velho coronelismo permanece como modelo inalterável.
Sem título. 2022.
Aquarela, giz de cera, lápis de cor, pastel seco sobre papel.
20 x 20 cm.
Sem título. 2022.
Aquarela, giz de cera, caneta marcadora sobre papel.
20 x 20 cm.
Usando materiais diferentes aplicados sobre a superfície do papel, os desenhos de Estêvão Parreiras fazem referência ao imaginário da religiosidade popular. Suas figuras têm origem na configuração dos ex-votos encontrados em salas de milagres de romarias, visitadas pelo artista desde criança. Ex-votos tradicionalmente são peças escultóricas representado partes do corpo, como uma cabeça, executadas em cera ou em madeira, que desempenham a função de pagamento de promessa e de agradecimento por graça obtida. De traço muito singular, os desenhos surgem do prazer pela investigação dos materiais, dos processos de vasculhar as memórias individual e coletiva, de assumir a fé e a devoção como assunto, por vezes recuperando elementos da iconografia dos santos mártires, nascem do procedimento de unir o contemporâneo ao popular, tecendo narrativas carregadas de subjetividade.
Sem Título. 2022
Guache sobre papel.
Políptico. Duas peças 20 x 20 cm.; duas peças 20 x 15 cm.; duas peças 20 x 9,5 cm.
O políptico de Walter Pimentel é composto por 6 pinturas, executadas a guache sobre papel, que reinterpretam antigas fotografias preto e branco coletadas pelo artista em Palmelo, cidade goiana famosa por sua intensa atividade religiosa ligada às práticas do espiritismo. Na interpretação do artista, as cenas adquirem autonomia em relação às fotografias, tomam outra densidade e outra duração ligada à ideia de eternidade. As figuras são perturbadoras e intensamente vivas enquanto representações; os fundos são completamente apagados, retirando referências a lugares. As presenças dos grupos de mulheres, principalmente, são potencializadas pelo uso da cor, que causa estranhamento ao fazer passagens da sombra à luz de maneira quase eletrificada, transmitindo uma energia espiritualizada que impregna as figuras, que, por sua vez, dirigem o olhar para fora da imagem em direção ao observador.
Meu Pai, Antônio e Pascoal no Lago dos Tigres. 2022.
Capas de slides, recortes de livro, acrílica e cola.
Tríptico. 5 x 5 x 09 cm. Cada.
A Reunião dos Últimos Buritis. 2022.
Cestaria de bambu, juta, linho, recortes de livro, acrílica, betume e cola.
16,5 x 18 x 1,5 cm.
A pequena escala é uma marca constante nas investigações de André Felipe Cardoso, assim como a precariedade de materiais simples timbrados pela ação do tempo. Seus trabalhos transitam entre a colagem e a trama e são formados pela junção de objetos e materiais de diferentes procedências, como velhas molduras de slides ou pá de bambu, com imagens fotográficas extraídas de livros antigos. Todos os materiais são carregados de informações residuais guardadas na memória do artista. Restos da paisagem aparecem discretamente e dão a orientação espacial de suas composições, poéticas evocações de lugares vividos ou imaginados, onde ressoam as relações de parentesco e de afeto.
Por um fio.
Fotografia e áudio.
Políptico: 13 x 20 cm cada.
Áudio: 1 minuto e 59 segundos.
Tendo a paisagem como assunto, o trabalho de Vanessa Bohn, associa o políptico de 4 fotografias ao áudio com pouco mais de um minuto de duração. As imagens formam uma sequência que conduz o olhar ao movimento, que simula a entrada em uma mata ciliar e a chegada ao ralo curso de água que corre no leito arenoso, até o olhar ancorar na pura areia seca. Enquanto o percurso é feito, o áudio reproduz a paisagem sonora, colocando o observador no interior da mata, a ouvir cantos de pássaros, zumbidos de insetos e o murmurinho das águas do riacho. Com a lembrança de uma natureza idílica, a obra se refere à crise hídrica manifesta na diminuição do volume de água dos córregos e rios, reduzidos a um fio de água.
Passagem. 2022
Trama de poliéster e seda sobre bastidor de madeira.
Tríptico 14,7 x 14,5 cm. cada.
Passagem. 2022.
Trama de poliéster e seda sobre bastidor de madeira.
Díptico 12 x 14,5 cm. cada.
Um jogo entre as ideias de paisagem e de passagem é produzido pelos trabalhos de Clara Fernandes, artista que se dedica à antiquíssima técnica da tecelagem, trazendo-a para as questões da arte contemporânea. Divididos em dois ou três módulos, os panoramas de marinhas são organizados pela linha do horizonte que determina o ritmo que vai da faixa de areia, à espuma do mar, depois aos azuis que dão a extensão e a profundidade da água. São paisagens intimistas de luz introspectiva e serena, distante da estereotipada luminosidade tropical, que costuma acompanhar a ideia de paisagem brasileira. São tecelagens que exibem a trama e a urdidura, o ponto e a estrutura, os seus materiais e a sua fatura.
Tambor de fogo. 2022.
Bordado sobre fotografia e pedaço de lamparina antiga.
13 x 20 cm.
A tecelagem, assim como a costura são técnicas tradicionalmente associadas ao trabalho feminino. Chris Tigra costura sobre imagens fotográficas que representam a história da escravidão no Brasil, registros dos séculos 19 e 20 pertencentes ao Arquivo Nacional, portanto partes da memória coletiva que estavam fora do campo de visão, tanto por se tratar de documentos do passado num país sem apreço pela memória, quanto pelo deliberado apagamento da escravidão promovido pela história oficial. Sua obra trata da importância do tambor para a identidade dos povos africanos e seus descendentes que resistiram à violência da escravização, evoca a religiosidade e os rituais do candomblé, a diversidade de ritmos musicais nascidos do batuque no couro do tambor.
Projeto Resistência 22. 2022.
Óleo sobre tela.
20 x 15 cm.
Projeto lição n. 22. Lave sua própria louça. 2022
Óleo sobre tela.
15 x 20 cm.
A pintura de Camila Soato tem maior expressividade sobre os suportes menores, onde o gesto denuncia a urgência do ato de pintar e a matéria da tinta se encorpa em estranha carnalidade. O trabalho da artista tem como características a exibição das marcas do processo de criação, que resultam na sujeira proposital e na aparência inacabada da fatura, adotadas como recursos para enfatizar a crueza das cenas que se assemelham a alegorias, aglutinando imagens provenientes de diferentes extratos visuais. Uma das telas representa um selo comemorativo aos movimentos abolicionistas, que menciona 28 de setembro de 1871, data da promulgação da Lei do Ventre Livre, e 19 de maio de 1888, que na verdade é o título de uma crônica de Machado de Assis sobre os dias próximos à abolição da escravatura. A outra tela representa uma cena de violência brutal inserida no cotidiano mais prosaico de uma pacata cidade interiorana.
A Goza feliz. 2022
PVA sobre MDF revestido.
10 x 14 cm.
A morte da velha Goza. 2022.
PVA sobre MDF revestido.
10 x 14 cm.
Os trabalhos de Arivânio Alves são de maneira muito particular expressionistas e críticos, são fundados na experiência de descarnar a pintura de todo requinte formal para chegar a uma representação brutalizada, primitivista ou naïf segundo alguns. Sua pintura é despojada, simples e não domesticada, enraizada no solo fértil do imaginário popular nordestino, especialmente na xilogravura e no cordel, lembrados pelo alto contraste e pela economia de cores reduzida ao vermelho, preto e branco, que estão de acordo com a completa despretensão dos suportes e da tinta utilizada. A imagem da cadela branca de grandes tetas, chamada Goza, foi recuperada na lembrança de sua infância na cidade de Quixelô, no interior cearense, e é uma representação metafórica da animalização da vida humana contemporânea.
Marcador e nanquim sobre papel.
Políptico com 17 peças: 20 x 20 cm. cada.
O políptico de 17 desenhos de Rondinelli Linhares possui linguagem tributária dos procedimentos estabelecidos pela pop arte, tem caráter ilustrativo e está assentado na propriedade gráfica do alto contraste entre preto e branco. Os desenhos são interligados em pequenos capítulos que se alinhavam criando uma narrativa novelesca, em torno do repertório que vai do romântico ao irônico, tratando temas relacionados à vida contemporânea como o amor e a paixão, a solidão e a angústia, o anonimato na tentativa de correspondência, a incomunicabilidade entre as pessoas, a intolerância com as sexualidades não convencionais, o estranhamento instalado no cotidiano, a fragilidade da vida e a inevitabilidade da morte.
Essência. 2020-2022.
Acrílica e guache sobre papel.
Políptico: 20 peças de 19 x 19 cm. cada.
O políptico formado por 20 pinturas sobre papel de Isabela Jaha representa embalagens de produtos cosméticos e farmacêuticos familiares aos brasileiros das classes populares. A configuração do conjunto é tributária da pop arte, que nos anos 1960 fez, ao mesmo tempo, o elogio e a crítica à sociedade de consumo, apropriando-se da estética dos produtos industrializados e da publicidade. O título da obra, Essência, aponta o critério que determina a seleção de cada produto representado nas pinturas: a capacidade de despertar a memória olfativa. Todos os produtos são de uso corporal e possuem cheiros bastante característicos produzidos por essências artificiais, independente da faixa etária de seus consumidores, da loção do bebê à pomada da vovó. Alguns produtos permanecem imbatíveis no gosto massificado, outros marcaram época e logo desapareceram, como os batons moranguinho e verde, evidências do kitsch vigorante nos anos 1980.
Manicura PT11. 2022.
Vídeo-performance.
2 minutos.
O vídeo-performance de Paulo Leite aborda os procedimentos estéticos que atuam sobre a identidade de gênero. Integra a tradicional tendência da produção videográfica brasileira de colocar o corpo diante da câmera desenvolvendo uma ação inusitada. O vídeo, com ritmo de tutorial, parodia a atividade da manicure usando recursos de humor até chegar ao extremo do contrassenso, usando ferramentas inadequadas para a atividade e assumindo o aspecto bizarro existente no cotidiano. A atividade feminina de colocar unhas postiças contrasta com a masculinidade atribuída ao alicate e aos pregos, provocando um desconforto na definição de gêneros.
ErêKauã. 2021.
Vídeo.
1 minuto.
Relacionado tanto com intervenção na paisagem quanto com dança, o vídeo de Paulo Accioly resulta de experiências desenvolvidas no Morro da Providência, primeira favela da cidade do Rio de Janeiro, junto a um menino bailarino, um coreógrafo e um editor de som. Bastante simples, o trabalho videográfico resulta de fotografias que registram uma intervenção urbana feita com a instalação de fotografias, adesivadas como lambe-lambe, sobre superfícies das paredes externas das casas do morro. As imagens estáticas registram cada movimento da coreografia, e na edição do vídeo são animadas em uma sequência dinâmica que o aproxima da linguagem da vinheta, editado no compasso da música e contaminado com a linguagem televisiva ao tratar da estética da periferia.
Leste ou o mapa dos caminhos. 2022.
Vídeo-colagem.
1 minuto e 3 segundos.
Artista cujo interesse é voltado ao pequeno formato, Léo Tavares executa obras que exploram as relações entre ver e ler, unindo imagens e palavras em poemas visuais que se formalizam enquanto vídeo-colagens, ligando imagens em movimento ou estáticas a pequenos textos. Em seus trabalhos há a aplicação de recursos analógicos e digitais, como se houvesse também o encontro do presente com o passado dentro do processo de escavação do terreno da memória, e da prática de arqueologia dos afetos contidos em imagens apresentadas em fragmentos curtos. O preto e branco das cenas videográficas, as texturas dos papéis envelhecidos e as fontes nostálgicas usadas para compor as palavras contribuem para levar o observador ao estado de melancolia e ao sentimento de incompletude.
SAPF MABRI | Todos os direitos reservados | Desenvolvido por Sharmaine Caixeta e Lucas Ywamoto
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Rafael de Almeida é cineasta e artista visual. Nasceu em 1987, em Goiânia, onde vive e trabalha. Professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás – UEG. Doutor em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, com estágio de doutorado pela Universidad Complutense de Madrid e pós- doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual da Universidade Federal de Goiás – UFG. Atua no cruzamento entre o cinema e as artes visuais. Seus interesses artísticos e científicos estão centrados hoje nos diálogos entre o cinema documentário, o filme-ensaio e o found footage.
Vive e trabalha em Goiânia-GO. O artista investiga as linguagens plásticas e poéticas do desenho, o risco no papel e como essa linha relaciona-se a subjetividade e a identidade do artista. Observando a relação com o ambiente à minha volta, os lugares afetivos, a delicadeza do fazer artístico e a prática salutar do desenho; a experiência devocional e referenciada aos ex-votos, a oferta dos agradecimentos e as confissões, são questões presentes. Recebeu seu primeiro prêmio, em 2017, de Artista Revelação, no 23º Concurso Sesi Arte Criatividade, no qual o trabalho, premiação aquisitiva, veio a fazer parte da coleção do acervo Sesi – Goiás. Possui obras no acervo público do Museu de Artes Plásticas de Anápolis, Anápolis/GO. Participou das exposições; Um corpo no ar pronto pra fazer barulho, Museu de arte contemporânea de Goiás – Goiânia/GO, 2018. 44° SARP – Salão de arte de Ribeirão Preto Nacional Contemporâneo, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto/SP,2019. 25° Salão Anapolino de Arte, Galeria Antonio Sibasolly,Anápolis/GO, 2020. 48° Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, Casa do olhar Luiz Sacilotto, Santo André/SP, 2020. No ano de 2020, residência artística na Pivô Pesquisa – Ciclo III / Beck’s, Pivô, São Paulo/SP. No ano de 2021, abriu a exposição individual “Fogo dentro, alimentado com trabalho” – curadoria de Divino Sobral, Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis/GO. Em 2022, abriu a exposição individual “Maxilar apertado o dia inteiro… Mesma coisa que mastigar pedras…”- curadoria de Divino Sobral, Centro Cultural Octo Marques, Goiania/GO e participou da exposição “The Silence of Tired Tongues”, curadoria de Raphael Fonseca, na Framer Framed, Amsterdã/NL.
Sou Walter Pimentel, 23 anos, atualmente estudante de graduação na FAV(UFG), e pintor. Venho ao longo de 4 anos desenvolvendo uma pesquisa em pintura em torno da percepção da cor como luz e memória; duas instâncias indissociáveis dentro do meu entendimento, uma vez que a própria cor na retina ocular é gerada por uma fugaz impressão da luz solar. Utilizando um pequeno acervo de fotografias físicas como matriz, meu objetivo é deter-me demoradamente tanto nestas impressões fotográficas, quanto nas impressões psicológicas e cromáticas que se plasmam progressivamente na pintura; de forma que eu consiga ‘enxergar melhor’ o muito que emana de pouco; que não fosse pelo demorado processo que a pintura exige, me passaria despercebido.
Trabalha principalmente com colagem e seus desdobramentos. Tem investigado as relações de vínculo com os lugares e os deslocamentos no processo de transformação e ocupação dos territórios, apropriando-se de materiais que são direcionados em sua produção como símbolos-dispositivos para reencontros de memórias individuais e coletivas.
Dentre as exposições coletivas que participou destacam-se: Para Onde Foi A Espessura da Carne?, Museu Nacional da República, Brasília-DF (2022), I Like South America South America Likes Me, Belmacz, Londres-UK (2021); Incubadora, Galeria Index, Brasília-DF (2021); Ressetar, Museu da Diversidade Sexual, Paulo-SP (2020); À Beira do Tempo, Galeria Guaçuí – UFJF, Juiz de Fora-MG (2019); 24° Prêmio Sesi Arte Criatividade, Vila Cultural Cora Coralina, Goiânia-GO (2019). Participou das residências artísticas Residência Fonte, Espaço Fonte, São Paulo-SP (2022), Estância Central, Casa Voa, Rio de Janeiro-RJ (2020) e Hospitalidade/Casa Aberta, Olhos D’Água-GO (2019).
Bacharel em Artes Visuais pela Belas Artes de São Paulo. Técnica em fotografia. Artista, Fotógrafa e Produtora Cultural. Investiga a cartografia especial sobre particular território, ao centro de um país-continente. Um panorama híbrido em linguagens, que passa pela fotografia, pelo audiovisual, pela videoarte, pelas artes visuais acopladas às redes atuais. Uma investigação vigorosa sobre gêneros tradicionais, como a paisagem e o retrato.
Estudou Psicologia na PUC/SP e Jornalismo na Escola de Comunicações e Artes da USP. Vive e trabalha em Florianópolis desde 1983. Participa desde 1985 de mostras coletivas e individuais em diversos estados brasileiros e também no exterior. Suas principais exposições coletivas são: (1987) VIII SALÃO CATARINENSE DE NOVOS ARTISTAS, no Museu de Arte de Santa Catarina em Florianópolis/SC; (1991) II ENCONTRO LATINO AMERICANO MINI TEXTEIS em Montevideo no Uruguai; (1995) A VIEW OF BRAZILIAN TEXTILE ART no Museu de Roterdã em Copenhagen na Dinamarca; (1996) CONVERGENCE 96 na Wenz Gallery em Portland no Oregon/USA, XV ARTISTAS BRASILEIROS no Museu de Arte Moderna em São Paulo/SP, A VIEW OF BRAZILIAN TEXTILE ART, que foi exibida no Museu do Traje na cidade de Lisboa em Portugal, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul em Porto Alegre/RS e no Museu de Arte de Santa Catarina em Florianópolis/ SC; (2003) PERSPECTIVA DAS ARTES PLÁSTICAS EM SANTA CATARINA no Memorial da América Latina, Galeria Marta Traba em São Paulo/SP. Entre suas exposições individuais destacam-se as principais: (1989) TERRAL, Intervenção no Centro Integrado de Cultura em Florianópolis/SC; (1997) ILUMINURAS no Museu de Arte de Santa Catarina em Florianópolis/SC e no Museu de Arte de Joinville em Joinville/SC; (2001) VAZANTE no Museu de Arte de Santa Catarina em Florianópolis/SC; (2010) CARTAS AO MAR no Memorial Meyer Filho em Florianópolis/SC; (2009) LUME na Fundação Cultural BADESC, no Museu Histórico de Santa Catarina, no Teatro Álvaro de Carvalho, no Teatro da UFSC e no Espaço 1 UDESC, todos espaços em Florianópolis/SC; (2012) AMORPHOBIA no Museu Victor Meirelles em Florianópolis/SC; (2013) CARTAS AO MAR no Museu de Arte de Santa Catarina em Florianópolis/SC; (2015) EPIFÂNICAS na Fundação Cultural BADESC em Florianópolis/SC. Entre os prêmios mais importantes que a artista recebeu destacam-se: (1992) Destaque na Arte Catarinense – Associação Catarinense dos Artistas Plásticos de Santa Catarina; (1998) VI Salão Victor Meirelles, Florianópolis/SC; (2013) Prêmio Victor Meirelles: Personalidade das Artes da Academia Catarinense de Letras e Artes de SC; (2014) Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura.
trabalho com linguagens diversas principalmente imagem e som investigando as urgências humanas e a escuta urbana. gosto de mexer com materiais usados, câmeras antigas, sucata tecnológica, objetos que seriam jogados fora, num entendimento de que o mundo não precisa de novas coisas, mas de ressignificá-las. a partir de uma profunda curiosidade com o mundo e um envolvimento crítico com ele, vejo a arte como parte de uma cultura de ativismo em busca de transformação social, por isso concentro boa parte do meu olhar sobre situações, experiências e universos marginalizados.
filha de baiana com maranhense, natural de São Paulo, vivo e trabalho em Belo Horizonte, MG, Brasil. sou música num sentido amplo, comunicadora social, especializada em artes plásticas e contemporaneidade pela Guignard/ Universidade Estadual de Minas Gerais.
Nasceu em Brasília, DF, em 1985. Atua principalmente nos seguintes temas: arte contemporânea, feminismo, fuleragem, gênero e pintura. Camila Soato, nasceu em Brasília, vive e trabalha entre Brasília – DF e Planaltina – GO. Desenvolve pesquisasprático-teóricas em pintura, desenho e performance. Por intermédio de pinceladas expressivas e até mesmo com uma certa agressividade nas suas pinturas, combina imagens cômicas apropriadas do cotidiano banal, trabalha com o elogio ao descuido, assumindo o erro como índices poéticos. Escorridos, manchas e sujeiras, oriundos de um método de trabalho que privilegia o improviso, são protagonistas juntamente com personagens atrapalhados ou perversos em cenas esdrúxulas. Tudo isso é justaposto á narrativas bizarras.
Arivanio Alves é artista visual e arte educador que vive e trabalha em Juazeiro do Norte no Ceará. Tem 28 anos . Tendo a pintura e o desenho como principais meios, conta que sua pesquisa tem fundamentos na cor e na sua reflexão sobre temas mitológicos unindo-os a elementos e personagens do cotidiano afim de produzir trabalhos que possuam elementos que nos fazem refletir sobre quem somos, de onde viemos e para onde vamos, mesmo que com choque e confronto social. Por isso se vale muito de animais como cachorros que aprecem na sua produção como animais de rua abandonados.
Isabela De Vita Jaha é artista visual, arte-educadora e comunicadora visual. Nascida em São Paulo, é graduanda em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas. Realiza trabalhos multimídia, que vão desde as linguagens tradicionais, como pintura, gravura e desenho, até as contemporâneas, como instalação, objeto e arte digital. Participou de exposições coletivas, como o Salão de Artes Visuais de Vinhedo, Território da Arte de
Araraquara e Festival Internacional de Cinema Infantil. Seu trabalho abrange temáticas referentes a questões de gênero, artes manuais e memória coletiva.
Paulo Leite é artista visual, de Aparecida do Taboado – MS, nascido em 1995. Formado em Design Digital através do Centro Universitário Senac (2018), trabalha com 3D, fotografia, videoarte e produção para outros artistas. Recebeu o Prêmio MS Cultura Presente, edital nº 08/2021 do estado de Mato Grosso do Sul com a videoperformance “manicura materiais para desconstrução”. Atualmente desenvolve uma série de esculturas virtuais, mesclando técnicas digitais, analógicas, e texturas extraídas de elementos regionais.
Seguiu uma formação de engenheiro e, em paralelo, sua formação como fotógrafo autodidata. Aflito pela impossibilidade de exercer em totalidade sua paixão, deixou o Brasil e sua família para se juntar à primeira turma de “art et image” da École Kourtrajmé, sob a direção do artista JR. Depois de seu retorno ao país, Paulo desenvolveu projetos ligados às suas origens: os lugares que pertence, as pessoas dali e o artesanato / cultura popular. Essas são as palavras-chave que permitem que ele coloque no mundo as suas ideias. Apesar de seus novos projetos acontecerem no Brasil, eles se endereçam ao mundo inteiro.
Doutorado em Arte pela Universidade de Brasília, concluído em 2020. Sua pesquisa artística consiste na investigação da confluência entre as experiências de olhar e ler. Permeadas pelo diálogo entre a palavra escrita e a visualidade, as questões centrais que o artista trabalha alcançam ruminações acerca de outros binômios, como espaço e tempo, acúmulo e vazio, trânsito e transcorrer, apropriação e autoria, narrativa e contemplação. Em 2016 realizou sua primeira exposição individual, Narrativas Fronteiriças, na Casa da Cultura da América Latina, em Brasília. Já exibiu seus trabalhos em mostras em Portugal e na Espanha. É também escritor e em 2015 publicou o livro de contos Os Doentes em Torno da Caixa de Mesmer, vencedor do prêmio Contista Estreante, promovido pela FestiPoa Literária – Festa Literária de Porto Alegre.